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Diferenças dos principais Tipos de Esclerose

Postado em 27/12/2019



Dependendo da causa, a esclerose pode ser classificada em tuberosa, sistêmica, lateral amiotrófica ou múltipla, cada uma apresentando características, sintomas e prognósticos diferentes.

1. Esclerose Tuberosa

A esclerose tuberosa é uma doença genética caracterizada pelo surgimento de tumores benignos em várias partes do corpo, como cérebro, rins, pele e coração, por exemplo, causando sintomas relacionados com o local de surgimento do tumor, como por exemplo manchas na pele, lesões no rosto, arritmia, palpitações, epilepsia, hiperatividade, esquizofrenia e tosse persistente.

Os sintomas podem surgir ainda na infância e o diagnóstico pode ser feito por meio de exames genéticos e de imagem, como tomografia craniana e ressonância magnética, dependendo do local de desenvolvimento do tumor.

Esse tipo de esclerose não tem cura, sendo o tratamento realizado com o objetivo de aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida através do uso de medicamentos como anticonvulsivantes, realização de fisioterapia e sessões de psicoterapia. É importante também que a pessoa tenha acompanhamento periódico de um médico, como cardiologista, neurologista ou clínico geral, por exemplo, dependendo do caso. 

2. Esclerose Sistêmica

A esclerose sistêmica, também conhecida por esclerodermia, é uma doença autoimune caracterizada pelo endurecimento da pele, articulações, vasos sanguíneos e alguns órgãos. Essa doença é mais comum em mulheres entre 30 e 50 anos e os sintomas mais característicos são dormência nos dedos das mãos e dos pés, dificuldade para respirar e dor intensa nas articulações.

Além disso, a pele fica rígida e escura, dificultando a mudança das expressões faciais, além de evidenciar as veias do corpo. É comum também que as pessoas com esclerodermia apresentem as pontas dos dedos azuladas, caracterizando o fenômeno de Raynaud.

O tratamento da esclerodermia é feito com o objetivo de diminuir os sintomas, sendo normalmente recomendado pelo médico o uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides.

3. Esclerose Lateral Amiotrófica

A Esclerose Lateral Amiotrófica ou ELA é uma doença neurodegenerativa em que há a destruição dos neurônios responsáveis pelo movimento dos músculos voluntários, levando à paralisia progressiva dos braços, pernas ou do rosto, por exemplo.

Os sintomas da ELA são progressivos, ao seja, à medida que os neurônios são degradados, ocorre a diminuição da força muscular, bem como dificuldade para andar, mastigar, falar, engolir ou manter a postura. Como essa doença acomete apenas os neurônios motores, a pessoa ainda possui seus sentidos preservados, ou seja, é capaz de ouvir, sentir, ver, cheirar e identificar o sabor dos alimentos.

A ELA não tem cura, sendo o tratamento indicado com o objetivo de melhorar a qualidade de vida. O tratamento normalmente é feito por meio de sessões de fisioterapia e uso de medicamentos de acordo com a orientação do neurologista, que retardam a evolução da doença.

4. Esclerose Múltipla

A esclerose múltipla é uma doença neurológica, de causa desconhecida, caracterizada pela perda da bainha de mielina dos neurônios, levando ao surgimento de sintomas de forma repentina ou progressiva, como fraqueza das pernas e dos braços, incontinência urinária ou fecal, cansaço extremo, perda da memória e dificuldade de concentração. A esclerose múltipla pode ser classificada em três tipos de acordo com a manifestação da doença:

- Esclerose múltipla surto-remissão: É forma mais comum da doença, sendo mais frequente em pessoas com menos de 40 anos de idade. Esse tipo de esclerose múltipla acontece em surtos, em que os sintomas aparecem de repente e desaparecem em seguida. Os surtos acontecem com intervalos de meses ou anos e duram menos de 24 horas;

- Esclerose múltipla secundariamente progressiva: É uma consequência da esclerose múltipla surto-remissão, em que há o acúmulo dos sintomas ocorridos ao longo do tempo, sendo difícil a recuperação dos movimentos e levando ao aumento progressivo das incapacidades;

- Esclerose múltipla primariamente progressiva: Nesse tipo de esclerose múltipla, os sintomas evoluem de forma lenta e progressiva, sem que haja surtos. A esclerose múltipla progressiva é mais comum em pessoas com mais de 40 anos e é considerada como a forma mais grave da doença

A esclerose múltipla não tem cura, devendo o tratamento ser realizado por toda a vida e, além disso, é importante que a pessoa aceite a doença e adapte o seu estilo de vida. O tratamento normalmente é feito com o uso de medicamentos que dependem dos sintomas que a pessoa apresenta, além da realização de fisioterapia e terapia ocupacional.

O ASSIM SAÚDE dá dicas importantes para uma melhor qualidade de vida.